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quinta-feira, 5 de maio de 2011

DECEPÇÃO (PORTUGUES)


Sabia que virias
com as horas no corpo
achava que eras tu,
mas realmente não eras,
confundia tua silhueta,
tua pele e teus ossos
e defendia teu espaço
na minha cama como fera.

Já conhecia tua alegria
nas minhas tardes de dores
justo quando ressuscitaste
meu sangue imperfeito,
teus beijos desenharam
as noites e tuas cores
como o mestre da luz
fez um dia com teus peitos.

Sabia que teu rosto
não seria só luz e sombra
entre as imágens
que se misturam aqui dentro,
agora sei que não terei
teu corpo, qual alfombra
que me leve a percorrer
tua pele como o vento.

Hoje meu coração ficou
triste, desfeito e inerte
nas horas quando
não estas na minha cama,
sinto que estes anos
foram brinquedos da sorte
e nossos corpos,
insensíveis quanto escamas.

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