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domingo, 1 de maio de 2011

MAR EM PENUMBRAS (PORTUGUÊS)

Mar em penumbras,
névoa burlesca
escuridão, álcool,
pernas perdidas,
neste fogo de musgo
e de boca perversa
meus beijos marcarão
tua pele com mordidas.

Nesta noite de fendas,
as oito em ponto
nesta mesma terra úmida
e recém parida,
derramarei o vinho
sede de tantos sonhos
e farei o amor
com nossas horas já vividas.

Ondas de corpos,
sonhos, sal e pranto
com este vento de aço
quero matar-te em vida,
na areia degolarei
tua alma com meus cantos
penetrando teus sonhos
e sonhando-te atrevida.

Com este mar desenhado
entre nuvens e barcos
com teus seios livres
entre as águas divinas,
sinto as mãos cegas
nas veias dos braços
e guardo os olhos
junto as minhas feridas.

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