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terça-feira, 28 de junho de 2011

VERDE (PORTUGUES)

Cor de floresta
que atrai meus passos
escama de vento
de entardecer inteira,
sonho com teu corpo
como cascavel em êxtase
e com o prazer sedento
de tuas cadeiras.

Cor de esmeralda
sonho tendido
quero que me devolvam
estas quimeras!
sede saciada
com teus olhos vivos
teus lábios em flor
e teus seios de donzela.

Sangrando o peito
vai meu coração flechado
vão meus dedos tímidos
neste poema,
penando vão
minhas lágrimas infantis
vive morrendo
e matando a espera.

Voem teus lábios
de palavra-espuma!
andem os versos,
silenciem tuas penas!
venham certeiros
os dardos de beijos
a incrustar-se
em minhas bochechas.

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