Vou-me embora devagar
aos lugares que ainda no conheço.
Com os pés gelados como o asfalto
deixado por séculos nos polos,
me derrubo no tu umbral
como o faz o gelo
sobre os trópicos e as cidades.
Vou-me embora e não pressinto nada
do que farei na próxima revolução
que nacionalizará mis paraísos
dentro dos occipitais,
pois sei que a distancia me fará testemunha
de tuas mãos sem compromisso.
Vou-me embora y no me canso de ir por aí
com a alma esfacelada e quase pronta
para praticar o amor
como redenção para os desesperados.
Eu desespero e não o escondo
embora minha pele se vista com confetes.
Vou-me embora atrás dos meus passos
deixando pedaços de pão no caminho,
mirando para atrás de vez em quando
para não me perder completamente.
Vou-me embora sem fazer perguntas
... mas eu te juro que volto!
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