Páginas

Total de visualizações de página

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

INSÔNIA (PORTUGUES)


Tomar chá às 3 da manhã
não é exatamente o que necessito,
mas assim mesmo cubro meu corpo
com as noites que não chegam
para alcançar esses minutos
que me surpreendem
com a cabeça cheia de perguntas
ainda sem respostas.

A cama parece tão grande
como um porta-aviões de luxo
que dá voltas no mesmo lugar
antes de se afundar por partes
nesse oceano de dúvidas
que não nos dá a oportunidade
de viver em meios termos.

As luzes aparecem sem permissão
e a escuridão não nega
que está derrotada, sem volta.
Os olhos são covardes
e se mantêm abertos
como flores carnívoras
apenas aguardando ansiosos
a próxima revolução
que lhes devolverá a liberdade.

Tenho minhas órbitas abertas como conchas
mas as pálpebras não se atrevem
a fechar as portas para todos,
a não brincar mais
nem com o presente, nem com o passado.

Me proponho subir ao penhasco
com os olhos fechados,
me lançar desde cima com as asas recolhidas
e tal vez também morrer de ilusões.
Quero me suicidar com tuas mãos
antes de que o fim do mundo cumprimente
às tantas feridas que aparecem na pele
do único homem que ainda existe
vivo neste mundo.

INSOMNIO (ESPAÑOL)


Tomar té a las 3 de la mañana
no es precisamente lo que necesito,
mas así mismo me cubro el cuerpo
con las noches que no llegan
para alcanzar esos minutos
que me sorprenden
con la cabeza llena de preguntas
aún sin respuestas.

La cama se me hace tan grande
como un portaviones de lujo
que dá vueltas en el mismo lugar
antes de hundirse por partes
en ese océano de dudas
que no nos dá la oportunidad
de vivir a medias tintas.

Las luces aparcen sin permiso
y la oscuridad no niega
que está derrotada, sin vuelta.
Los ojos son covardes
y se mantienen abiertos
como flores carnívoras
apenas esperando ansiosos
la próxima revolución
que les devolverá la libertad.

Tengo mis cuencas abiertas como conchas
pero los párpados no se atreven
a cerrar las puertas para todos,
a no jugar más
ni con el presente, ni con el pasado.

Me propongo subir al peñazco
con los ojos cerrados,
lanzarme desde arriba con las alas recogidas
y quizás también morir de ilusiones.
Quiero suicidarme con tus manos
antes que el fin del mundo salude
a las tantas heridas que aparecen en la piel
del unico hombre que todavía existe
vivo en este mundo.

ASSIM EU TE VEJO (PORTUGUES)


Vejo teu lado azul
vejo teus olhos verdes
vejo que ainda és tu.
Nāo me canso de verte.

Vejo teus olhos fechados
vejo tua carne acesa
vejo teu corpo de lado.
Assim descarto a pressa.

Vejo o que fazem tuas māos
vejo tua paixão inteira
quando advertes meus anos
rodando pelas tuas cadeiras.

Vejo teu riso divino
vejo teu prazer violento
vejo tua carne que queima
como fogo sem o vento.

Vejo tua boca perfeita
vejo meus lábios presos
vejo minha vontade ereta
penetrando teus excessos.

Vejo ainda onde eu estou
com tuas idas e vindas
quando vens eu vou
me acostumando a tua vida.

Vejo como numa visão
tuas nádegas sem passaporte
tuas pernas sem exceção
e teus seios mais ao norte.

Vejo, nāo se me escapa
tua pele quase perfeita
teu umbigo mais ao sul
e tua cintura sem retas.

Vejo teu monte de Vênus
sem escalar, sem sofrer
te sinto agora dentro.
Vejo meu corpo viver.

ASI TE VEO (ESPAÑOL)


Veo tu lado azul
veo tu ojos verdes
veo que aún eres tú.
No me canso de verte.

Veo tus ojos cerrados
veo tu alma encendida
veo tu cuerpo de lado
mientras me juego la vida.

Veo lo que hacen tus manos
veo tu pasión entera
quando adviertes mis años
rodando por tus caderas.

Veo tu risa divina
veo tu plazer violento
veo tu carne que quema
como fuego sin el viento.

Veo tu boca perfecta
veo mis labios presos
veo mi voluntad erecta
penetrando tus excesos.

Veo aún donde estoy
con tus idas y venidas
y cuando vienes me voy
acostumbrando a tu vida.

Veo como en una visión
tus nalgas sin pasaporte
tus piernas sin excepción
y tus senos más al norte.

Veo, no se me escapa
tu piel casi perfecta
tu ombligo un poco al sur
y tu cintura sin rectas.

Veo tu monte de venus
sin escalar, sin sufrir
te siento ahora dentro.
Veo mi cuerpo vivir.