Páginas

Total de visualizações de página

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CUBA NA PALMA DA MINHA MÃO (PORTUGUES)


Seus versos os levo dentro
suas ruas doem ainda
seu céu já não o tenho
não sei se é noite ou dia.

Suas palmas habitam as mãos
seu mar me sai pelos olhos
suas terras fumam habanos
suas praias possuem cadeados.

Em suas negras não há governo
suas brancas tecem bandeiras
suas mulatas não tem inverno
no ritmo de suas cadeiras.

Ah! Pátria que te quero patria
doce verbo, claro céu
ah! Pátria verde, verde pátria
me dé teu riso azul e sem gelo.

Sua música dança no meu corpo
suas danças movem minha vida
suas pinturas regam a horta
de minhas mãos nasce poesia.

Seu Morro vigía meu porto
seu mar completa minha bahía
suas praias não são desertos
sua aréia sepultará meus dias.

Suas lágrimas choram e cantam
sua dor me mata por dentro
seu grito corta minha garganta
seu lamento foge com o vento.

Seus santos salvan minha alma
a Caridad brilha no Cobre
seus cánticos me dão a calma
para ver a luz de seus homens.

Seus mortos alçam os braços
seus vivos calam seu peito
seu grito se afoga no pranto
do seu pobre hálito desfeito.

CUBA EN LA PALMA DE MI MANO (ESPANOL)


Sus versos los llevo dentro
sus calles me duelen todavía
su cielo ya no lo tengo
no sé si es de noche o de día.

Sus palmas habitan mis manos
su mar me sale por los ojos
sus tierras fuman habanos
sus playas tienen cerrojos.

En sus negras no hay gobierno
sus blancas tejen banderas
sus mulatas no tienen invierno
en el ritmo de sus caderas.

Ah! Patria que te quiero patria
dulce verbo, claro cielo
ah! Patria verde, verde patria
dame tu risa azul y sin hielo.

Su música danza en mi cuerpo
sus bailes mueven mi vida
sus pinturas riegan el huerto
de mis manos nace poesia.

Su Morro vigila mi puerto
su mar completa mi bahía
sus playas no son desiertos
su arena sepultará mis días.

Sus lágrimas lloran y cantan
su dolor me mata por dentro
su grito corta mi garganta
su lamento huye con el viento.

Sus santos salvan mi alma
la Caridad brilla en El Cobre
sus cánticos me dan la calma
para ver la luz de sus hombres.

Sus muertos alzan los brazos
sus vivos callan su pecho
su grito se ahoga en el llanto
de su pobre aliento deshecho.

AMANHA (PORTUGUES)


Amanhã eu não existo
hoje eu permaneço
amanhã eu sou um grito
hoje sou só o começo.

Amanhã eu sou a hora
hoje sou o meu destino
amanhã sem mais demora
tocarei todos meus sinos.

Amanhã não tenho preço
hoje sou impagável
amanhã sozinho não cresço
hoje meu verso é amável.

Amanhã serei a morte
hoje sou o caminho
amanhã eu tenho a sorte
de estar hoje no teu ninho.

O amor de amanhã espera
o amor de hoje arde
amanhã a vida inteira
será o que hoje foi a tarde.

O tempo vence minha fome
o tempo vira meu amigo
o tempo contigo some
contigo o tempo é castigo

Amanhã te quero inteira
hoje me jogo a vida
amanhã sou teu poema
hoje não há despedidas.

MAñANA (ESPANOL)


Mañana yo no existo
hoy yo permanezco
mañana yo soy el grito
hoy soy solo el comienzo.

Mañana yo soy la hora
hoy solo soy mi destino
mañana sin mas demora
tocaré todos mis sinos.

Mañana no tengo precio
hoy soy impagable
mañana sólo no crezco
hoy mi verso es amable.

Mañana seré la muerte
hoy yo soy el camino
mañana tendré la suerte
de estar hoy en tu nido.

El amor del mañana espera
el amor de hoy ya arde
mañana la vida entera
será lo que hoy fue la tarde.

El tiempo vence mi hambre
el tiempo se torna mi amigo
el tiempo contigo es sangre
contigo el tiempo es castigo.

Mañana te quiero entera
hoy me juego la vida
mañana soy tu poema
hoy no hay despedidas.