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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

CUBA NA PALMA DA MINHA MÃO (PORTUGUES)


Seus versos os levo dentro
suas ruas doem ainda
seu céu já não o tenho
não sei se é noite ou dia.

Suas palmas habitam as mãos
seu mar me sai pelos olhos
suas terras fumam habanos
suas praias possuem cadeados.

Em suas negras não há governo
suas brancas tecem bandeiras
suas mulatas não tem inverno
no ritmo de suas cadeiras.

Ah! Pátria que te quero patria
doce verbo, claro céu
ah! Pátria verde, verde pátria
me dé teu riso azul e sem gelo.

Sua música dança no meu corpo
suas danças movem minha vida
suas pinturas regam a horta
de minhas mãos nasce poesia.

Seu Morro vigía meu porto
seu mar completa minha bahía
suas praias não são desertos
sua aréia sepultará meus dias.

Suas lágrimas choram e cantam
sua dor me mata por dentro
seu grito corta minha garganta
seu lamento foge com o vento.

Seus santos salvan minha alma
a Caridad brilha no Cobre
seus cánticos me dão a calma
para ver a luz de seus homens.

Seus mortos alçam os braços
seus vivos calam seu peito
seu grito se afoga no pranto
do seu pobre hálito desfeito.

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