Páginas

Total de visualizações de página

sábado, 7 de abril de 2012

AQUI ESTOU (PORTUGUES)



Aqui estou com meu violão
mas não quero dizer que o toco
assim como toco teu corpo,
mas suas curvas de mil anos
me mostram como são enganos
as noites em que te invento.

Hoje quiseste violar
minha liberdade a pedradas
e minhas distantes ilhas,
enquanto decides matar
as bocas que já beijei
com beijos e armadilhas.

Trago comigo teu coração
comigo vá tua canção
o adivinho, o pressinto,
quando estas encima mim
quando decides abrir
tuas pernas como alimento.

Hoje eu deixei esquecidos
assim como estão meus olhos
dentro do quarto minhas mãos,
que abro antes de dormir
que fecho antes de abrir
tua saia sem cadeados.

Não sou teu vento a favor
nem o mais serio entre os dois
nem o mais santo da terra,
não sou de tua pele o calor
nem teu verso, nem a dor
da ferida que não fecha.

Sou tua água, sou tua sede
sou tua manta, sou tua rede
sou teu escravo e teu castigo,
sou o mar que foge de ti
sou o fogo e o porvir
nesta noite de vinhos.

Sou o único que posso ser
sou teu antes, teu depois
sou teu esforço, teu caminho
sou teu começo, teu final
sou o primeiro que vês
sou tua lembrança e teu olvido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário