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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

SEMPRE QUE ME FALTAS, TE INVENTO (PORTUGUES)




Sempre que me faltas,
me faltas tanto!
que espalmo meu ombro
ate me convencer de que tudo
esta bem, e que quase tudo
se resolve com uma emboscada
ou com um ninho entre os dois.

Sempre que me faltas,
me faltas tanto!
que minha cabeça voa entre tuas pernas
nao sou um santo!
meus sonhos como carrascos
congelam meu pranto
e tropeço sem querer
com um drink com gelo e limão.

Sempre que me faltas,
me faltas tanto!
e minhas mãos te querem,
te queren tanto!
que minhas pernas se perdem
pelas ruas desta vida
arrastada e complexa
estreita, defunta e vazia
pouco discreta e perversa
como filme de terror.

Sempre que me faltas,
me faltas tanto!
que meus sonhos de adolescente
se derretem na tua saia
como uma mancha de neón,
a dos centímetros
do meu monte sem Venus
de minhas costeletas sem pelos
de meus sapatos gastados
e de meus braços de avião.

Será que ainda eu posso,
com estas maos
e com estes medos
penetrar tuas longas horas
sem que as brasas cheguem
ao meu coracão?

Por ti roubo meus poemas
plagio todas minhas canções
por ti lavo minhas feridas
não desisto de minhas paixões
vivo todas minhas vidas
e desisto dos perdões
neste mundo que se termina
enquanto eu te escrevo versos
e por qué não estamos juntos?
pelo amor de Deus!

Eu já sabia, bem que eu sabia!
que por não ter voce aqui,
desfeito ficaria
sem ar e sem fogo,
sem versos e sem estrelas
sem finais e sem começos
sem astros e sem donzelas,
mais deserto de medo
mais experto em veneno
ou mais criativo em amor.

Eu vou atrás das lembranças,
dos meus fracassos e feridas
que se abrem na minha carne
como maçãs podres
enquanto vou pelo mundo
vestido de estação,
vou atras de teus olhos
abertos como tuas pernas
desenhados vão no meu sangue
como os charcos de tua voz.

Sempre que me faltas,
me faltas tanto!
que por ti eu me faço de mel
me faço de pranto
me faço de fogo
por ti eu me faço melhor
enquanto minha vida passa
com todos meus medos
e estou só com você aqui
comigo na minha dor.

Sem ti, vivo como se no vivesse
como si o mar não tivesse
suas algas nem suas tristezas
como se o sal estivesse
nos olhos da beleza,
como se meus desejos dourados
descansssem na ursa maior,
como se o ar fosse meu
como se não tivesse
cicatrices nas mãos
nem vergonha, nem razão.

Nestes dias eu me sinto
com esta ferida aberta,
como se despertasse no ninho
de uma águia faminta,
como se estivesse morto
como se não estivesse
neste quarto vazio,
nesta casa deserta
e minha sombra fosse apenas
que esta parodia de amor.

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