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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AH! QUE SERA, QUE SERA? (ESPANOL)


Ah! qué será, qué será?
si todo desaparece, si todo lo pierdo
hasta perdí mis años y caminos,
perdí la memoria, perdí el deseo
perdí la inocencia y mi destino
y te perdí a ti, si mal no recuerdo.

Ah! que será, qué será?
lo que me hiere y no lo siento
si mis heridas ya no aparecen
no sé más poqué le miento
a mi piel que no agradece
ni a los ojos ni al pensamento.

Ah! qué será, qué será?
a quien temo, qué me espanta
si todos tus años son como niños
y tu voz se vuelve solo palavras
que danza en mis oidos
sin avisarme de las trampas.

Ah! qué será, por qué será?
si estoy aquí muriendo vivo
en mis noches sin estrelas
que sin querer sueño contigo
y sin querer entro en las celdas
que siempre cierran mi camino.

Ah! que será lo que me duele
si mi dolor pronto se calma
qué será cuando propones
que duerma siempre en tu cama
como sobreviviente de tus amores
o como prisionero de tu alma.

Ah! qué será, qué es lo que será?
lo que no puedo y no entiendo
lo que sucede con estas mañanas
siempre que solo yo  despierto
solo con dolor en las entrañas
cubierto por este mar en el desierto.

Que será si todavia yo busco
tus passos perdidos cuando andas,
qué será si pierdo el rumbo
y contigo me pierdo como nada
qué será si casi somos “uno”
cuando tocas mi cuerpo como hada.

Ah! qué será, qué será?
qué será lo que estoy sintiendo
cuando veo que no me dás
tus lindas piernas abriendo?
por qué será que ya no estás?
por qué será que soy invierno?

AH! O QUE SERA, O QUE SERA? (PORTUGUES)


Ah! o que será, o que será
se tudo some, se tudo eu perco
até perdi meus anos e caminhos
perdi a memória, perdi o desejo
perdi minha inocência, meu destino
e perdi a ti, se mal não lembro.

Ah! o que será, o que será
o que me fere e eu não mais sinto
se minhas feridas não aparecem
e não sei mais por que lhe minto
a minha pele que não agradece
mais as fronteiras do carinho.

Ah! o que será, o que será
a quem eu temo, o que me espanta
se todos teus anos são meninos
se tua voz vira tão apenas palavras
se todas tuas horas tocam os sinos
que me acordam de madrugada.

Ah! o que será, por que será
se estou aqui morrendo vivo
nas minhas noites sem estrelas
que sem querer sonho contigo
e sem querer entro nas celas
que sempre fecham meu caminho.

Ah! o que será o que me doe
se minha dor logo se acalma
o que será quando propões
que sempre durma na tua cama
como sobrevivente de teus amores
ou como prisioneiro de tua alma.

Ah! o que será, o que será
o que não posso e não entendo
o que acontece nestas manhãs
sempre que sozinho eu desperto
sozinho com dor nas entranhas
coberto por este mar no deserto.

O que será se ainda procuro
teus passos perdidos quando andas
o que será se perco o rumo
e contigo me perco como nada
o que será se quase somos “uno”
quando tocas meu corpo como fada.

O que será, o que será?
o que será que eu estou sentindo
quando vejo que não me das
as tuas pernas se abrindo,
por que será que já não estás
e por que será que eu existo?

YA ME PARECIA (ESPANOL)



Ya me parecía que me faltabas
cuando de noche dormia solo
ya lo sabia, lo sospechaba
cuando en mi cama
no había nada que recordara
ni tus caderas ni mis antojos.

Ya me parecía que me faltabas
cuando mis días eran bien pocos
ya lo sabía, lo sospechaba
cuando mis pasos no más cabían
en tus mañanas de porcelana
en que no tenía ni tus despojos.

Ya me parecía que me faltabas
cuando mis deseos eran veneno
ya lo sabía, lo sospechaba
cuando mis manos casi abrazadas
a mis pedazos del cuerpo todo
hacían cosas si estaba solo.

Ya me parecía que no sabías
que me faltabas, que yo sufría
ya me parecía que mis canciones
desaparecían en tus telones.

Ya me parecía que me faltabas
cuando mis ideas eran desierto
ya lo sabía, lo sospechaba
cuando mi cerebro se exprimía
pensando cosas que no esperaba
que solo sucede si estás despierto.

Hoy ya no me parece.
Sé que me faltas
y no estás ya entre mis sabores
ni entre las luces de mi retina
ni entre mis sueños ni mis olores,
no estás más entre mis piernas
o en la lista de mis amores.

JÁ ME PARECIA (PORTUGUES)



Já me parecia que me faltavas
quando de noite dormia só
eu já sabia, o suspeitava
quando no branco da minha cama
não havia nada que me lembrasse
as tuas cadeiras em meus lençóis.

Já me parecia que me faltavas
quando meus dias eram bem poucos
eu já sabia, o suspeitava
quando meus passos não mais cabiam
en tuas manhãs de porcelana
em que não tinha nem teus despojos.

Já me parecia que me faltavas
quando meus desejos eram veneno
eu já sabia, o suspeitava
quando minhas mãos quasi abraçadas
aos pedaços do corpo todo
faziam coisas se estava só.

Já me parecia que não sabias
que me faltavas, e que eu sofria
já me parecia que minhas cançōes
desapareciam en teus telōes.

Já me parecia que me faltavas
quando minhas ideias eram deserto
eu já sabia, o suspeitava
quando meu cérebro se expremia
pensando coisas que não esperava
que só acontece se estas desperto.

Hoje já não me parece.
Sei que me faltas
não estas mais entre meus sabores
nem entre as luzes da minha retina
nem entre os sonhos ou meus odores,
não estas mais entre as minhas pernas
ou na minha lista de meus amores.

NOVEMBRO ANTES DO FIM DO MUNDO (PORTUGUES)



Novembro me deu as asas que necessitava
para me render ante todas as evidências
de que esta terra é terrivelmente redonda.

Aqui, na cásacara bem perto dos Polos
me deito de barriga para cima e deixo que meu olhar se derreta
sobre o trópico que lhe faz contrapeso ao mundo.
Me deito com os olhos fechados no século vinteum
e lembro daquele século vinte que me fez um verme
                                              depois de que nascí como uma borboleta.

Navego pelas noites
entre as encrucilhadas que desembarcam na minha cama
e com as costas chéias de salitre
me preparo para fazer a viagem que me levará a redescobrir
as duvidas que enchem de espelhos minhas vontades de sobreviver.

Quém diz que não quero respirar
agora que tenho os pulmões mais perto do nariz?

Agora que minhas mãos não estão vazias
posso rir e ostentar todos os ossos
que nasceram nas fotos que um dia eu fiz quando era um adolescente
e que me arrebataram a alma dentro dos negativos.

Acredito finalmente poder rir dos peixinhos e suas cores
enquanto hoje sei que não sou mais o mesmo
depois de que as verdades descobriram o caminho sem retorno
que me enche o coração de sangue e de esperança.

Posso me deitar sem correr o risco de cair
enquanto a terra da as voltas de sempre
para tornar as noites que nos desvelam
nestes dias que nos farão resurgir dos escombros e ciladas
como o fez a fénix con as asas queimadas
que disse adeus às cinzas que condenaram suas esperanças
                  quando ainda era refém dos recifes e dos decretos.

Trago uma Ilha dentro do bolso
desde que meus pés comenzaram a viver na borda do abismo,
desde que abri os olhos dentro de um mar de consignas
deixado em herança pelos militares comedores de ossos
que lhe tomaram por asalto os rios e seus móveis de terra.

Trago esta Ilha debaixo da pele
e creio que não cabe mais nenhuma desesperança
dentro de minhas cartilagens de alma penada,
pois suas ruas encheram de buracos a memória
e não lembro quando foi o dia em que lancei a primeira pedra,
nem quando foi que descobri os aviões e as bicicletas.
Por isso saio por aí cantando minhas vitorias
sempre que me dou a absolvição
                                             depois de cometer os pecados de sempre.

Agora que tenho suas arvores enraiçadas no estômago,
creço sem piedade em cada volta que o planeta dá para se consolar
e ostento os dias em que não viví dentro de suas cidades
desde meu atual camarote com janelas
                                         em que bebo o vinho com as mãos fechadas.

Sorte a minha de haver podido encontrar aos amigos
que deixei faz alguns anos entre abraços e goles de rum,
os mesmos que um dia ganhei na loteria antes do diluvio,
antes de haver decidido de ir embora
da terra que não me engana mais com seus aplausos podres
e seus horizontes vestidos de verde-oliva.

Todos os anos atravesso as curvas desta terra
quando me canso de fazer amor con o telefone,
e assim vejo os rios como as costuras que seguram
a inmensa crosta que alimenta minhas células.

A partir de hoje
não me considero mais inocente de nada
e meus pés não se cansam de andar por este mundo redondo e impaciente
que cobra de mim cada minuto com moeda dura.

A partir de hoje sou meu próprio jardineiro:
podo meu tronco só o necessário,
                                                  choro minhas folhas no chão do meu corpo,
                           recolho as flores que nascen nos meus ramos
e planto minhas raizes nas melhores terras que ainda acredito merecer.