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domingo, 29 de julho de 2012

JOGOS DE CAMA (PORTUGUES)


Ela ficava louca
quando lhe fazia cócegas,
sua pele empolava
se lhe negava meus beijos,
era como o mel
quando lhe beijava suas costas
se sentia morrer
quando éramos travessos.

Não agüentava mais
o nosso amor na cama
quando bebíamos vinho
ou cuba-livre com gelo,
dizia que era outra mulher
quando palavras cruzadas
fazia entre suas pernas
abertas para o céu.

Ela nunca imaginou
que era aquela "putinha"
quando via seus seios
transformados em sorvete,
ela não sabia
que era contorcionista
quando vestia seu corpo
com minhas mãos ardentes.

Perdia a noção de tudo
se lhe beijava os olhos,
se desmoronava em pedaços
quando penetrava seus sonhos,
dizia palavrões infames
com seus lábios vermelhos,
a ouvia rir quando
me declarava seu dono.

Seu corpo sempre foi
minha perfeita guitarra
com todas suas cordas
vibrando a sua vez,
gritava, gemia
e tremia com ganas
se meus beijos faziam
um ninho em sua tez.

Desconhecia todos
os esconderijos da pele
quando de noite subia
ao seu corpo sem norte,
seus olhos sem mãe
sua boca sem filhos
e suas nádegas formosas
eram o meu passaporte.

Como você vê
sou teu assassino macabro
que sempre detesta
te salvar a vida,
sempre que queiras
sou como um estranho
que te mataria outra vez
digas o que digas.

Queria sempre te ter
para respirar teus vícios,
chupar tuas canções
e recitar teus poemas,
saber que estas por perto,
alimentar teus caprichos
que te crescem na pele
enquanto te beijo inteira.

Sabes de sobra que
não pertenço nem a mim mesmo
e meus beijos selvagens
voam como feras
caçando canções
sem mais pessimismo
que aquele que teria
dentro de tua fogueira.

Sabes que eu sou
este animal que vive
e que mau conheces
se me olhas de perto,
não sou para todas
só uma, não me serve
sou fiel aos anos
enquanto vivo desperto.

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