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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VENTO EM POPA (PORTUGUES)


Vento em popa com os "antes"
se os "depois" vem logo
assim que caia do céu amável
o aguaceiro como um fogo
sobre as lentes dos que falam
de ver a vida como um jogo.

Que fiquem conosco os avós
se os netos virão na hora
bem afrente de sua voz
e adiantados ás horas
que ganharam de seus pais
sem defeitos nem demoras.

Sou partidário do vinho
quando sobe à cabeça
sei que não sou muito amigo
da mentira e da pobreza
quando no corpo vive
a avareza e a tristeza.

Abençoado seja o inferno
se não estás bem no teu paraíso,
que sejas feliz antes do tempo
com tuas palavras de granizo
e voes sem asas no inverno
junto com todos teus abismos.

Decretado será aquele dia
em que os doces palavrões
destilem sua melodia
nos dicionários dos doutores
que escrevem os decretos
nas folhas das decisões.

Hurra! para os que pensam
diferente dos demais
que vivam! os que começam
as canções pelos finais
e as cantam sem aparências
na grande praça do mar.

Adiante! se à final soubeste
atravessar o mar morto
com suas feridas causadas
pela pontaria de um torto
e sem ver deu de facadas
no teu coração sem porto.

Vento em popa e a toda vela!
adiante!, que viva!, está decretado!
eu fico só se for importante
vou-me embora se for vedado
não sou partidário do antes
se o mais novo é amputado.

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