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quinta-feira, 26 de maio de 2011

POEMA A UM POETA (PORTUGUES)

a Silvio Rodriguez (poeta e cantor cubano)


Poeta feito de cordas e Fantasmas divinos
estes tempos de fogo arderão como bandeiras
estes anos de ferro, de ondas e frutas mordidas
pesam tanto quanto fardos e ferem como feras.

Poeta de sangue escarlate, e de verbo difícil
Imagina-te a verdade, que Esta Primavera
trará aos homens Nécios de olhos tristes
aos carentes de luzes, espelhos e quimeras.

Pressinto que ainda as horas de tuas noites
poderão sair ilesas das batalhas primeiras,
e teus Unicórnios, teus Problemas, Dias e Flores
sejam de Mariposas, sorrisos, doces e promessas.

Anda poeta, com os passos grudados ao corpo
com o peito erguido e ausente de penas,
lembra que Solo el Amor ilumina as sombras
e deixa-nos teu Testamento de Canto e de Areia.

Vamos A Andar, poeta, com o fogo de tuas mãos
e com teu pés de vento re-inventa as velas
daquele barco pesqueiro que nos Dias de Inverno
fizeram navegar teus cantos e voar teus poemas.

Anda e re-descobre o espaço em que respiras
renasce nos passadiços que tuas músicas revelam,
anda despido ao amanhecer com os novos ventos
e Ojalá La Era, dentro de ti amanheça.

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