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terça-feira, 21 de junho de 2011

A PRESSA (PORTUGUES)


A pressa é uma armadilha
feita para errar
com nossas culpas dormidas
sobre velhos lençóis,
si o amanhecer se promete
ainda para amar
teus olhos abertos
e gigantes como sóis.

Hoje senti teu corpo
despido e contagioso
quase febril, convulsivo,
lânguido e perfeito,
entre meus dedos submissos
vibrantes e fogosos
acariciando meus lábios
com a brasa do teu peito.

Posso inventar
mais uma vez esta aventura
e repetir os versos
tantas vezes recitados
sabendo que o amor
nao precisa de armaduras
sabendo que o amor
se alimenta com os anos.

Assim, de pressa arranco
estes versos com ternura
e sem temor os mostrarei
ante todos meus pecados
para lavar a tua alma
com meus labios com doçura
e amarrar teu corpo
no meu leito com minhas mãos.

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