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terça-feira, 21 de junho de 2011

TOMARA QUE ESTEJAS (PORTUGUES)

Tomara que tu estejas entre os vivos
depois desta noite que no terminou nunca
e que as marcas do meu corpo
não sejam de fumaça nem de sombras,
que aquela noite cúmplice de clandestino beijo
seja a verdade que não inventaram meus sentidos.

Tomara que ainda eu puder te ver, te sonhar
quando sinta que já não estas por perto,
quando hajas ido embora sem respostas
mas não sem amor ...

Há vários anos aguardava teu nascimento,
sabia que virias, sabia que estarias
sabia que um dia viveria dentro de ti,
o que não sabia, o que não vi
era que irias embora por essas ruas de luzes
que se distanciam de tudo, fogem de tudo
neste meu universo
que não é mais infinito.

Por isso
é melhor que estejas entre os vivos
embora o mundo não seja
tal e como o sonhamos,
e nossos sonhos não sejam
o mundo que nos prometeram,
mas nesta noite
quando perdi o chão debaixo de mim
ganhei teu corpo e isso foi suficiente,
porque cada gemido
tornou-se uma sinfonia de flores
perdida sem retorno entre meus braços.

Mas imaginemos
estas horas que nos servem de esconderijo,
apesar de que acreditamos que não existimos
dentro deste mundo de vivos e mortos,
neste ir e vir de almas penadas e discretas,
neste mundo onde os seres surdos e cegos
andam por aí
com as palavras tatuadas no corpo.

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